terça-feira, abril 18, 2006
Following the right way...
Traços e mais traços que se repetem. Traços que indicam caminhos. Traços que indicam direcções.
Felizmente, existem pessoas que no sufoco nos mostram que não são apenas traços confusos, são mais que destinos, são escolhas, são opcções, são um mundo aberto a tudo. Porque nem todos os dias se iniciam com um raio de Sol no olhar sonolento, porque nem todos os dias a noite começa com o nascer do luar... há pessoas que nos fazem sorrir quando o Sol está encoberto, porque há pessoas que nos deixam sonhar quando a noite é mais escura... Porque como tu, poucos existem, porque tu és quem me mostra por vezes um caminho certo a seguir... porque a vida nem sempre sorri... porque temos sempre de sorrir à vida, e muitas vezes sem saber sequer porquê.
Porque o mundo foge-nos das mãos, porque a Terra gira debaixo dos meus pés, porque existem pessoas capazes de fazer parar tudo, de fazer e manter um sorriso intemporal, porque há pessoas como tu.
Já me faltam palavras para classificar-te, deixas-me mudo, já não sei que mais falar... Obrigado por não me largares, Obrigado por me segurares quando eu vou a cair... Obrigado por ti, por tudo, por mim, pelo que me fizes-te, pelo que me fazes para sorrir... Porque afinal uma lágrima nem sempre significa tristeza... porque o olhar turvo é apenas o intervalo para a esperança... És quem és porque és e fazes ser...
Obrigado a ti, a vocês =)...
terça-feira, abril 04, 2006
Pouco a pouco...
Os vidros gelavam, as percianas zumbiam... o vento era forte demais... o frio era intenso, as gotas perdidas no ar, congelavam junto a um ponto mais gelado... o vento passava, a chuva passava, as pessoas passavam, mas o tempo, esse, ficava, lento... gelava-me, enlouquecia-me, deixava-me com espaço a mais para respirar... encurtava-me o tudo, esticava-me o vazio, mudava-me o constante... e pouco a pouco fui perdendo pedaços de mim, pouco a pouco... o desespero translocava-me a mente, o insane arrepiar.
Pouco a pouco a razão substituia o sentimento, pouco a pouco a força substituia a essência. Ergui-me, rebolei o meu olhar sobre o mundo, dei um grito mudo, cortei a respiração e sem querer deixei-a cair... talvez a última, talvez mais uma entre muitas, certo apenas a incerteza da turvez com que agora via o imaginário... translúcido, caminhei, encostei-me, perdi as forças e ali fiquei... apenas mais um dia... apenas mais um transbordo de olhares e sensações... esperando o dia de amanhã... apagando a última luz de esperança, fui outrora a diferença...
O meu obrigado a quem comenta, a quem lê e aos demais...
segunda-feira, abril 03, 2006
Silêncio...
Raramente damos valor ao inútil aparente. Quando arde o coração, quando a dor é forte e aperta muito, damos valor a tudo, principalmente ao que antes aparentava ser inútil, e agora torna-se um rio de significados... torna-se as respostas à dor, as perguntas ao sofrer, o porquê do existir. Por vezes passamos ao lado de tudo sem reparar o quão é isso importante, e só quando isso tudo desaparece notamos o vazio, a ausência do inútil... a ausência do que nada nos dizia... do que desprezávamos... Eu não era mais que uma gota no teu rio... eu não era mais que uma nuvem no teu céu... eu não era mais que uma estrela na tua noite... Desculpa não ter sido a gota de chuva que caiu no teu rosto, desculpa não ter sido a nuvem que te tapou o sol, desculpa não ter sido a estrela que mais brilhou na tua noite... Mas Obrigado por me teres deixado cair perto de ti, obrigado por me teres deixado mirar do céu o teu ser, obrigado por me teres deixado ser quem sou... Antes era aquele que ausente ficava no silêncio do teu olhar, era aquele que fitava a tua sombra com um murmuro tardio, era aquele que te desviava as pedras do teu caminho, aquele por quem tu não davas conta... Agora marquei o traço do meu rosto no teu olhar, fugi do sonho, fugi do desejo... Amei demais o ser da sombra que me tapava o Sol... amei demais esse olhar quente que me gelava o corpo... amei demais os dias que passei de mão dada com a felicidade... Amei-te demais...
domingo, abril 02, 2006
Sinto longe, injustiças, abraços, olhares. Perdido neste nada, olho em volta, olho pra ti, sinto o meu olhar estremecer, não te mexes, apenas és a recordação que outrora sorrindo tinha fixado... luz de uma alegria, sorriso de um olhar convicente... outrora tudo foi, e agora nada é se não um olhar estremecido coberto de tristeza. Cansado de olhar, cansado de lutar, já não durmo há noites seguidas, em silêncio permaneço, não sei mais até quando consigo aguentar... mas mesmo assim, fecho os olhos e imagino ser feliz... vivo com sorrisos de ilusão... vejo-me com alegria e sem razão... a raiz da minha vida, a razão do existir.... já não existe... os meus sonhos já não são meus... a minha alegria perdeu-se, o meu desejo enfraqueceu, a vontade de sorrir desapareceu, e agora? Quem sou eu? Porque me deixas-te no nada? Porque me puseste além do fim? Porque sou eu agora o que nunca fui? Inundado pelo meu olhar, sofro em silêncio, julgo-me forte e luto contra mim mesmo... porque me deixas-te assim? Leva-me contigo...
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