segunda-feira, abril 30, 2007
Take me to nowhere
A bala que me atravessou foste tu que a disparaste, como de leve, eu nem senti, caí, não sei se morri, mas não mais vivi, perdi, esqueci, nem sei de onde vim, só sei que me levaste para longe, para um infinito de nada. De que me vale agora um coração se já não te sinto. De que me vale agora dois braços se já não estás aqui para te abraçar. De que me vale uma boca, se já não te posso beijar. De que me vale tudo isto se tu fugiste de mim? lembro-me perfeitamente de acordar, olhar o céu, pensar em ti, sorrir... agora acordo, olho o chão, julgo pensar em ti e choro... Para quê fugir se jamais me poderei esconder? Para quê repetir se vou chorar outra vez? Para quê julgar possuir o mundo se acabo por nem o conhecer... Para quê sorrir se acabo a chorar? O teu cheiro ainda inunda o meu acordar... o teu sorriso ainda me está presente... A saudade mata... mata tão lentamente... sinto-me com saudades... Gostava de fazer com que aquele sentimento durasse para sempre, ficarei à espera eternamente... só gostava que este sentimento fosse para sempre... se nunca mais voltar a sentir algo tão bom outra vez... Não tirava nada... Apenas saudades... Leva-me para nunca, leva-me para sempre... contigo.
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